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IFPB movimentou Semana de Ciência e Tecnologia da Capital
Ensino Técnico
Última modificação: 22 de Novembro de 2022 às 08:20
O mês de novembro marca a realização de muitas semanas de Ciência e Tecnologia no país. Vários campi do Instituto Federal da Paraíba estão com programação. Na capital, a prefeitura realizou a Semana Nacional de C&T reunindo diversas entidades e o IFPB foi um dos parceiros com estande levando projetos de diversos campi e da reitoria.
A SNCT foi realizada no Espaço Cultural de 09 a 12 de novembro e, em cada dia, o IFPB teve programação diferente. Apesar da diversidade, o que marcou a maioria dos projetos foi a preocupação com a sustentabilidade e o meio ambiente. Um exemplo é a parceria com a UFPB em um projeto de pós-doutorado realizado pela pesquisadora Karina Massei.
A iniciativa envolve a aluna da graduação de Design de Interiores, Thaise Cavalcante, e o professor Ramon Medeiros, de Informática, ambos do campus João Pessoa, que atuam no Laboratório Lampião Maker de prototipagem. Segundo Ramon, a pesquisadora procurou o IFPB para que a instituição pudesse elaborar e imprimir artefatos em 3D que podem servir para a sua pesquisa de recuperação de corais marinhos. A equipe está na fase de validação de forma e material e no evento exibiu algumas peças e modelos já redesenhados. A pesquisadora pretende utilizar fragmentos de corais que estão passando pelo processo de branqueamento e deterioração para que possam ser enxertados em bioestruturas que funcionarão como os recifes. O IFPB está fazendo estas estruturas.
O Lampião Maker, que além de João Pessoa agrega os campi Cabedelo, Cabedelo Centro, Santa Rita, Mangabeira, Pedras de Fogo e o Polo de Inovação, também aproveitou o evento para difundir projetos relacionados a psicologia, como o Trilha das Emoções que envolve um curso online para educadores sobre a Psicologia Positiva, e os “Lampejos de arte e cultura” que já promoveram oficinas lúdicas para crianças. A coordenadora do Lampião, Nadja Rodrigues, diz que a ideia é desmistificar que os Laboratórios Maker são relacionados apenas a ferramentas e cursos das áreas de exatas.
A diretora de Pesquisa do IFPB, Deyse Morgana Neves, conta que nos quatro dias do evento, muitas atividades envolvendo os laboratórios makers do IFPB envolveram muito o público nos estandes. Estudantes e servidores dos LabMakers dos campi Patos e Picuí estiveram presentes disseminando suas ações envolvendo o aprender-fazendo.
No dia 11 de novembro, o estande do IFPB foi prestigiado pelo secretário de C&T da capital, Guido Lemos, acompanhado da pró-reitora de Pesquisa, Inovação e Pós-Graduação do IFPB, Silvana Cunha. A diretora de Extensão Tecnológica, Josi Melo, também acompanhou a programação. Guido Lemos ressaltou a importância da parceria com o IFPB para a capacitação de recursos humanos nas escolas municipais. Segundo ele, tanto os servidores quanto os estudantes do IFPB tem uma grande capacidade de disseminar conhecimento na área de ciência e tecnologia.
A participação no evento também foi a primeira oportunidade para muitas alunas e alunos do IFPB apresentarem trabalhos externos e de modo presencial. Foi o caso da aluna do Livia Michel do terceiro ano do ensino médio integrado ao técnico em Meio Ambiente. Ela é bolsista de pesquisa do CNPq e apresentou um projeto de fertilizante biomarinho para reduzir o uso de fertilizantes químicos que geralmente são importados pelo Brasil.
A pós-graduação do IFPB também marcou presença. Um dos projetos de destaque foi o do Laboratório Móvel Didático de Química, um produto oriundo do Mestrado Profissional em Educação Profissional e Tecnológica (ProfEPT). A ideia foi desenvolvida por Laura Moises, formada pela UFRN que fez o ProfEPT no IFPB com o bolsista Diego Neves, aluno do campus João Pessoa. O projeto orientado pela professora Andreia de Lucena desenvolveu um protótipo de laboratório móvel ao custo de R$ 4 mil que pode ser uma solução para escolas que não têm recursos financeiros para construir e manter um laboratório. Ela ressalta que o produto educacional acompanha um manual desenvolvido por ela para 70 experimentos químicos. O produto foi enviado para o INPI pois o IFPB solicitou o seu patenteamento.
Muitos outros projetos de pesquisa e extensão participaram da SNCT. Entre eles o meliponária Bee Alive do campus Cabedelo, a chocadeira elétrica desenvolvida por um grupo de estudantes de Santa Rita. Foram cinco estudantes que produziram a chocadeira com material reciclado, reduzindo pela metade o preço do produto. Foram quatro meses de trabalho na disciplina de tópicos especiais de robótica.
Na Sala de Oficinas, a música conquistou a plateia com uma apresentação do projeto de pesquisa e extensão “Guitarras de Baque Virado: inserção da Guitarra Elétrica como acompanhamento do Maracatu”. Coordenado pelo professor do curso técnico subsequente de Música, Marcos Rosa, e com o aluno bolsista Adriano Caçula. Eles mostraram alguns maracatus que tiveram transcrição para a guitarra. O grupo vai fazer uma oficina no dia 03 de dezembro na Vila Sanhauá com a Nação Maracatu Pé de Elefante, que é o parceiro externo do projeto.
Texto e Fotos: Ana Carolina Abiahy - jornalista da DGCom do IFPB